Saturday 6 December 2008


Dedicado à Antígona


Dancer in the Dark, Lars Von Trier, 2000


"They say is the last song, they don't know us, you see? It's only the last song if we let it be."

10 comments:

  1. A dor do silêncio interno...ecos, ecos...A felicidade imperceptível ao golpe infernal do Ser. O suspiro, a corrente....

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  2. A vida mata-nos quando a queremos cabaret, musical, ditirambo, o sol queima-nos a face quando deixamos cair a máscara.

    Ela que se foda, preferimos morrer pela sua morte do que morrer por ela.

    Gosto muito de ti, bigadas, fiquei meio coisa...

    Pocs ciganos do alpendre e afalfões nas nalgas dos pés! =) *

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  3. Este filme é exaustivamente perturbador porque, no final, faz-nos recuar e tentar imaginar-nos no lugar da Selma e como seria se ela fizesse tudo diferente. Mas a conclusão, depois de percorrermos tantos caminhos mentais, é que faríamos exactamente da mesma forma. Também nos faz concluir que o conformismo não é necessariamente delator da alma e que tudo se justifica, até quando sabemos que a consequência será a nossa morte.
    Perturbam-nos aspectos tão claros como as evidências a que tanto e sempre nos rendemos porque de certa forma abominamos aquilo que é simples, sem sabermos bem porquê…

    Gostava que visses a vida. Não de dentro da tua redoma ou numa plateia como mero espectador, mas que entrasses no palco, afastasses as cortinas e pegasses fogo até fazeres em cinzas a farsa!

    Pocs malhados em mãos de lábios de ciganices das rússias:P

    P. S.: Ah! E coiso… pff!

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  4. para mim uma das obras de topo do cinema do ano passado.

    a banda sonora tem aquela que considero talvez a mais bonita canção do mundo.

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  5. ...do século passado, queria eu dizer.


    e sobre este tema das execuções publicas estou a ler um livro de Foucault "The spectacle of the scaffold", penguin books.

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  6. De smoking, a ler um livro sobre execuções e a pensar em anjos ao pequeno-almoço? Curioso...:)

    Um espectro justiceiro, uma afirmação do acto concebido, ou pura curiosidade mórbida, é o que posso considerar passar-se na mente daqueles que assistem a execuções. Eu creio não me enquadrar em nenhuma destas hipóteses, até porque a pena de morte, a dar-se o caso de ser de facto aplicada a quem a “merece”, é uma pena demasiado fácil para o alvo.
    Existe a versão portuguesa desse livro? Apetecia-me lê-lo, mas sem criar hábitos anglófonos...

    Kisses

    P. S.: Vês???

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  7. Dark Violet:

    Passamos inquietos na ilusão dos fotogramas para descobrirmos não existir silêncio interno. E trata-se de uma serôdia descoberta.

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  8. Podes crer, vou incendiar o mundo inteiro e trazer ao palco todos os bastidores humanos, até explodirem ao contacto com o fogo, como bombas nucleares ou confettis numa festa de crianças.

    E depois vamos dançar as duas em cima dos destroços, hé. :)

    Poc poc sua cigana das Astúrias com bocadinhos de folhas secas a pender nos cabelos! =) **

    P.s.: É-me difícil comentar o filme, perturba-me.

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  9. na verdade não se trata de um livro sobre execuções publicas mas sobre a história das punições pelos Estados, e que começa com a descrição de execuções publicas. De um espetaculo publico de tortura e horror passaram durante o século 19 e 20 para a eficiência obscura da pena de morte eficaz e escondida. Mas nos estados unidos estão a voltar a ser intendidas como um "reality show".

    Penso que deve estar no "Vigiar e Punir" do Foucault, tanto na versão portuguesa como original Francesa.

    Concordo contigo:
    Entre o assistir a execuções por prazer mórbido e o tomá-las por justiça sem querer olhar para elas existe uma viscosa e secreta cumplicidade.

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  10. "O que é belo não morre: transforma-se em outra beleza."
    (Balley Ardrich)

    Abraços.

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