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Persona, 1966, Ingmar Bergman |
Indicaram uma saída pela janela da morte, num tempo passado. Ele saiu pela então saída da cavalariça, para não findar a vida. A voz perseverante dançava-lhe a cabeça, como se violasse o envoltório cerebral, modelando palavras que esboçavam o sentido da fenda na pedra.
Trepou, trepou a extrema verticalidade da mais vasta pedraria. Os dedos adaptados aos intervalos da calçada que, acima, pendia de arcadas romanas moles dum imperceptível romanesco alaranjado. De pó. De cal. E, depois de trepar tão funesta ingremidade, avança enquanto ignora o leproso pedinte.
Defronta, logo, monumento impetuoso! Rasgado no ângulo, nos cantos. Estende as mãos defronte do preceito da fenda, adornada de quadrados múltiplos, e é, imediatamente, invadido por poderes singulares. Das mãos, que examina, jorram luzes sem fim, luzes eruditas, capazes de curar as moléstias e a ignorância. O corpo, branco, paira no ar, edificado! E a voz, já cansada, reclama: «As mãos que curam, mesmo que dotadas da mais extensa sabedoria, deveriam ser santificadas!
23/6/2011
Valquíria
"And with every breath we take
ReplyDeleteAnd the illusions we create
Will come to you someday"
Good to be (somewhat) back.
Deleteyes, that is so good...
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