Caveira da Capela, Valquíria, 2008
Detesto escrever sobre ossos que encurtam a distância da morte. Três passos dão entre o nascimento da adoração e o frio flácido falecimento, onde na fálica ostentação em ruínas nos diminuímos, célere crescemos nas penumbras cálcicas e trémulas.
Onde uma criança e um pai, talvez, se adoram até na morte que os acompanha difícil e desesperadamente na eternidade que um dia acabou. Depois escrevemos compulsiva e freneticamente sobre os corpos secos de carne, aos quais, crentes, antepassados fanáticos rezaram, vegetativos, a ténue vida, com pena de esta findar, sobejando a doce inveja da imortalidade do terrível ícone que, em forma de objecto, dança estático no centro. Porque vincarmos o absurdo torna mais aceitável a realidade.
“Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.”
É um suicidio haver um rio que não fosse limado com sangue por todos os lados. uma imortalidade parcial
ReplyDeleteP.S:Os ossos ocuparam os espaços vazios do palco...um blog que merece tal acto;)
Posta! ;) - aqui e lá.
ReplyDeleteDark kiss.