Sou a filha, a irmã, a amiga, a colega, a conhecida, a vizinha, a foda, a companhia, só por acaso. E quando sou Pessoa?! Nesta puta de vida não consigo ser nem Pessoa!
Eu, eu e eu. Ser narcisista, megalómano das emoções alheias, contribuinte de nada. A minha alma está febril: não é minha, não sou eu. Não és tu nem aquele que não vê. O Tomás da realidade ilusória, sem som nem imagem mesmo que ficcionados! Explosão de uma fibra capilar dourada... sou mero nada!
Valquíria
Minha gótica Drogadona Preferida…
ReplyDeleteFiquei impressionada ao ler os textos que aqui publicaste...o que é muito bom sinal…claro!
Nomeadamente porque tem tudo a ver contigo…os poemas…o blog em si…
Este chamou-me particularmente à atenção…somos tudo e ao mesmo tempo não somos nada…mas até que ponto tudo isto nos completa? Até que ponto nos satisfaz?
Qual é o significado? Se tudo um dia acaba…
Transcrevo uma frase que desde a primeira vez que a li me apaixonei…
“ Não sou nem nunca serei espectadora da minha própria vida…”
Keep on the good work…
Beijos
Joana Gouveia
Mas é mesmo assim que me sinto... Como espectadora da minha própria vida.
ReplyDeleteObrigada, Escandalosa!
Bjs
Há algo de muito belo e violento em ti que sempre me impressionou e fascinou: o desespero de te conheceres tão bem, da capacidade que tens de observar do mundo de tantas perspectivas e a sinceridade dos teus monólogos, anacrónicos, narcísicos, crus e puros, de quem observa o céu do fundo de uma cova cheia de merda.
ReplyDeleteA tua arte canta o esgoto que somos, com a cabeça sob a estrela e os pés lapidados presos na lama.
Não estás só e não és louca, há momentos que se tornam a metáfora da vida na morte, sabes? O quadro do Morrison na parede, os cadernos, cigarros inconscientes a gritar nos cinzeiros, Fellini e Lynch de mãos dadas com Marilyn Manson, martini rosso e massa com cogumelos, as botas e os cabelos, a Amelie na janela roxa e um The End que queremos agarrar num permanente princípio apocalíptico.
Beijinhos, cigana russa e BOA! :) *